Cássio e o ‘campinococus’

O governador Cássio Cunha Lima tem motivos de sobras para reverenciar o apoio decisivo à sua eleição na cidade de Campina Grande. Foram os eleitores da cidade quem conduziram-no à reeleição. Disso ninguém tem dúvidas.

Talvez por essa convicção exista razão nele hoje para adotar um ajuste de posição anunciando clima de distensão, união, e a busca de apoio até do senador José Maranhão. Mas, na prática, há um segmento e/ou cultura adotada por seguidores seus a atrapalhar esse discurso e postura da paz.

Tem a ver com que estudiosos humorados chamam de “campinococus” – espécie de personagem que deixou a Serra da Borborema e hoje vive nas águas salgadas de João Pessoa, mesmo assim adotando práticas bairristas e preconceituosas contra o pessoal da capital gerando antipatia generalizada.

A terça-feira, em plena noite de beira-mar, mostrou que o governador vai precisar dialogar duro com setores de sua estrutura de apoio, isto é, ‘chamar o feito à ordem’, diante de (im)posturas adotadas por pessoas próximas a ele no trato, especialmente, da relação com seus adversários e a cidade de João Pessoa.

Objetivemos: nesta terça à noite (repito) um aliado do governador utilizando-se de um Nissan adesivado, diante do hotel Ambassador – vizinho ao Igatu, da família Maranhão (Carmésia), na praia do Cabo Branco, aboletou-se de uma mesa à beira-mar, tocando no rádio em alto volume a música de campanha do senador do PMDB entrecortando-a com gargalhadas irritantes zombando do ex-candidato.

Justiça seja feita: o ato isolado do ‘dito cujo’ em nada tem a ver com o gesto do governador reeleito, que tem buscado o clima de reconciliação possível, entretanto, se atos como esse se proliferam sem sua censura adequada, logo já passa a ser contabilizado como gesto admitido ou estimulado pelo Governo atraindo com isso toda carga de rejeição.

A rigor, fatos como o desta terça-feira ilustram superficialmente um pouco da resistência que Cássio experimentou desde a primeira eleição, exatamente com a exploração de atos incompatíveis de má educação e bairrismo fajuto respingando fortemente na sua imagem política na capital.

Trocando em miúdos, ou ele reage e contém essa (im)postura fomentando, ao contrário, um caráter de relacionamento irmanado dos campinenses em João Pessoa ou nunca terá a paz de transitar na cidade.

O caso de hoje é emblemático e só ajuda seus adversários a construir discurso contra sua performance. Enquanto há tempo ou age ou seu discurso ficará da ‘boca pra fora’ com os campinenses ‘equivocados’ não dando conta que na Capital a tolerância tem limite e a forra acaba chegando mais cedo ou mais tarde.

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